sábado, 2 de janeiro de 2010

Na solidão da noite



Já é noite.
Hoje, o dia transcorreu rápido.
Nem percebi o frescor da manhã
Em meio à claridade de outono.
Nem percebi a alegria dos campos floridos
E a cantoria da passarada;
Não declarei o meu amor
À pessoa amada;
Descuidei-me das palavras amigas,
Perdi oportunidades únicas
De ser melhor...
E o que é pior:
O frio da noite
Guarda um céu escuro
De estrelas apagadas,
Que esconde os campos
Sob um manto negro
E o profundo silêncio
Dos passarinhos em sonhos alados.
No silêncio da noite,
Quem eu amo já adormeceu
E meus amigos já se fazem distantes...
No meu peito resta apenas um grito
Ansioso por se libertar
E levar consigo um “eu te amooooooo!!!!” sem dono,
Vadio e sincero.
Na solidão da noite,
Aguardo o amanhecer de uma chance
E guardo uma lição importante:
“Não deixe para amanhã o mínimo amor
Que hoje se possa dar...”


Marcos Alderico
21/04/2009
23:55h

3 comentários:

  1. Muito lindo, me identifiquei!Parabens querido poeta...

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  2. Quero esse amor para mim, querido...
    Que poesia linda!

    Bjs

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  3. Muito bom esse poema!Me identifiquei...tbm tenho um blog de poesias, só que ultimamente me aventuro nos contos.Se puder dar uma olhada eu agradeço http://valvuladeescapeexistencial.blogspot.com.br/

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