Não negaria um segundo de emoções já vividas por uma vida de razão. Quando não puder mais amar insensatamente a loucura da poesia como ela me ama, deixarei para trás este mundo sem conserto e algumas poesias partidas.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Lotado
Não me faço de rogado.
Afinal, sou eu quem dá sinal de te querer.
Sem esperanças de que me aceites,
Entro devagar em ti, comprimindo-me todo.
No aperto do teu ser,
Apertado, quente, úmido.
Teu cheiro de gente,
Sentido assim, de perto,
Um cheiro quente,
Cheiro forte...
Um verdadeiro mal cheiro!
E quando inteiro dentro de ti,
Tudo o que eu quero
Tudo o que eu quero
É que o tempo logo passe,
Que aquele entra e sai logo se acabe
Que aquele entra e sai logo se acabe
Para que eu saia de dentro de ti,
Suado, cansado, pingando,
E te deixe, sem olhar para trás...
.
.
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Oh! Maldito ônibus lotado!
Suado, cansado, pingando,
E te deixe, sem olhar para trás...
.
.
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.
.
Oh! Maldito ônibus lotado!
Marcos Alderico
07.12.2011 23:53
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
O nascer da poeta
Quando nasce um amor,
Uma poesia se inicia a escrever.
Se o amor faz-se corresponder
Dá-se a ele cadência.
Se o tempo o faz perder-se,
A dor o faz reencontrar-se.
Esta antiga história de amor que não teve fim
Que tomou rumos diversos,
Que vagou por trilhas e atalhos bravios
Da dúvida e das seduções,
Que percorreu por campos minados
Que nos explodiram em mil pedaços
E dilaceraram nossos corpos
E a nos adoeceram.
Esse amor ferido ainda pulsa
As cicatrizes ainda doem
Mas, se o amor é remédio para as mazelas da história,
A Poesia é bálsamo que nos faz eternos à memória.
Marcos Alderico
10/08/2010 06:49
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Aquela
Só aquela por quem fico mudo
É que me faz falar
Só aquela por quem eu não mudo
É que me faz mudar
Só aquela que me faz sorrir
Tem o poder de me fazer chorar
Só aquela sobre o qual nada sei
Sabe ler as entrelinhas do meu ser
E me usa
E me rascunha
Porque o poeta é simplesmente
O instrumento que entalha
Aquela que o faz existir
Simples e feliz.
Marcos Alderico
13/07/2004 17:31h
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Poesia de barro
Desejo uma poesia por minuto
uma rima por segundo
- um passo profundo
- de um poço fecundo.
Uma formiga tecendo árvores,
Criando mestres
À sombra de um pé de arte.
Não quero rimar valsa com salsa.
Antes, dor com blues,
Amor com pus
Marcos Alderico
01/10/1996
22:58h
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Pernicioso amor
É pernicioso o amor em demasia.
A dor é deveras intensa.
A falta é severa, imensa!
Difícil é amar desmedidamente,
Sem saber no que o outro sente.
Marcos Alderico
23.04.2010 23:28
23.04.2010 23:28
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Alvorecer poético
Uma alvorada cinza e sem graça raiou no dia em que me foi negado vê-la sorrindo.
Não ouvi sua voz de menina, anjo querubim, a brincar com doces frases de amor;
Não vi o astro rei porque minha celeste rainha não se me apresentou aos sentidos materiais,
Embora minha aura tenha já ensimesmada as raias causadas por sua existência na minha vida.
Consequência? Eu a amo feito um vulcão silente, aguardando encontrá-la para, enfim, explodirmos em paixão...
(seríamos nós pura erupção?). Aguardo-te em amor e fulguras...
Não ouvi sua voz de menina, anjo querubim, a brincar com doces frases de amor;
Não vi o astro rei porque minha celeste rainha não se me apresentou aos sentidos materiais,
Embora minha aura tenha já ensimesmada as raias causadas por sua existência na minha vida.
Consequência? Eu a amo feito um vulcão silente, aguardando encontrá-la para, enfim, explodirmos em paixão...
(seríamos nós pura erupção?). Aguardo-te em amor e fulguras...
...Amo-te feito o louco que, tentando alcançar as estrelas, subiu no mais alto monte e morreu congelado mirando o infinito.
Não alcançou as estrelas que tanto amava, mas guardou-as perenemente em suas retinas...
Resposta:
O cinza do alvorecer é disfarce
ao semblante desta que só faz amar-te
no silencio inconsciente do poente
dolorido adeus nesse impasse
ao semblante desta que só faz amar-te
no silencio inconsciente do poente
dolorido adeus nesse impasse
Que sou tua e o Sol não deixa
que te quero e a Lua enfurece
que te procuro e a Terra se queixa
que te amo e o Universo emputesse
Não sou nada nem ninguém
sem ti nada aquém
de virgem tola navegando a esmo
nesse rio de lágrima, sempre o mesmo
que te quero e a Lua enfurece
que te procuro e a Terra se queixa
que te amo e o Universo emputesse
Não sou nada nem ninguém
sem ti nada aquém
de virgem tola navegando a esmo
nesse rio de lágrima, sempre o mesmo
25.05.2010 - 13:13hs
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
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