sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Tempo



As horas são meros detalhes do tempo.
A eternidade? Um capricho do que se possa dizer inútil e oxidado.
De nada nos vale a eternidade,
além do que se possa esperar de um futuro fadado a ser passado,
numa perene luta entre o agora e o depois.
O que será mais belo e perfeito do que o breve instante?
Aquele que se guarda por toda uma vida?
Aquela fagulha que jamais se desbota em meio às memórias e algumas mentiras,
posto que estas são apenas um ponto de vista
num caleidoscópio de princípios e meias-verdades...
Enfim, o que pode ser mais eterno do que o que o peito traz consigo
até a desintegração do tempo?
Nada.
O amor é, pois, não apenas mais belo, quanto mais útil,
quando inoxidável, livre de suspeitas, desprendido das incertezas
e distante das mazelas da dúvida...
Portanto, dona Eternidade, dê-me licença só um segundinho,
porque amar é preciso, ser eterno não é preciso...

Marcos Alderico
17/04/2009
22:57

3 comentários:

  1. Falas com a Eternidade com uma maturidade... Amei!

    bj.

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  2. Gostei de vir aqui. Tanto que preferi ficar, espaçoso que sou, já estou dentro.Gosto de poesia inteligente, feita assim inteligente mente. Você sabe escrevê-las, sabe lê-las, com potencial engenho e vivência, com arte vivedeira. Gostei de tudo que li. Mesmo. Muito bom. Vou voltar mais vezes. Gosto de pessoas inteligentes que sabem o que dizem. Mega abraço.
    João.

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  3. Marcos,concordo plenamente!Porque amar é preciso.

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