segunda-feira, 30 de maio de 2011

Você poesia


Bela poesia aquela que nos acorda de mansinho
Sussurrando em nossos ouvidos delicados versos de amor
Deliciosa a poesia que deixa em nós um sabor
Que na alma se sente e se aninha.
Poesia preguiçosa, manhosa...
Aquela que se enrrosca em nós e nos faz abraçar-nos
Nus nas manhãs em que o amor é coibido
Pela hora do trabalho
Amor que nos acompanhará por todo o dia
Que, convertido em saudade, se transformará em poesia,
Esta, que ao cair da tarde, quando o sol ainda arde,
Nos devolverá aos nossos abraços e seremos só alegria.

Amo você meu pedacinho de paraíso...

Boa segunda-feira!
E boa segunda-feira a todos aqueles que tiveram um lindo fim de semana de amor como o nosso.

Marcos Alderico
16.05.2011 08:50hs

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Poesias


Poesias!
Poesias como produtos essenciais à vida.
Poesias como resultado de pesquisas tecnológicas,
Poesias como as análises mercadológicas,
Poesias ao amanhecer, no café da manhã.
Poesias divididas em três refeições diárias.
Poesias na família,
Poesias nas escolas,
Poesias nas igrejas,
Poesias já, agora!!
Poesias sociais,
Poesias melancólicas,
Poesias de amor,
Poesias eróticas, góticas.
Gostem ou não gostem
Degustem a poesia,
Gastem-na.
Gastem-na à vontade
Porque ela sempre se renova,
Reproduz-se em pomares e nos nutre,
Reproduz-se em rebanhos e nos alimenta,
Reproduz-se em nós mesmos.
Engravida-nos,
Gravita em nós e nos levita.
Poesias fabricadas em larga escala
Escalam ao topo do homem
E o conduzem, abduzem-no ao mais próximo do céu,
Levam-no para mais próximo de Deus.




Marcos Alderico
01/02/2011
9:40h

terça-feira, 24 de maio de 2011

Café com Poemas


Meu café da manhã é poesia
É assim que começo o meu dia
De poeta sonhador:

Uma boa dose de alegria
Um pouco de melancolia
E um amor para dar sabor.

Cedinho não leio jornais
Prefiro é versos e flores
Do que os perversos horrores
Praticados por alguns animais

Dos poemas, sempre tão agradáveis,
Que tornam as almas amáveis,
Não me afasto jamais

Pois trazem luz à minha vida
Caminho a todos meus passos
E dias repletos de paz.


Marcos Alderico
23/05/2011 10:51hs

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Retomada



O ontem engavetei na memória.
Dobrei-o com carinho e o coloquei
Junto a adoráveis lembranças.
A torrencial chuva que refrescou
Nosso encontro com os amigos
E que pintou de prata tudo ao redor
Juntou o Rio Negro com o firmamento.
Sob aquele momento tropical
Beijei meu amor.
Tão súbito quando chegou a tormenta
Deu-se lugar ao sol,
Que derramou raios de luz dourados
No horizonte do Amazonas,
Como uma ode ao final de um
Domingo feliz.
O que restou foi a saudade,
Que, aos poucos, vai se misturando
Com a segunda-feira,
Retomando a vida corriqueira
Que, quer queira ou não queira,
Sempre há de chegar...


Boa retomada a todos!



Marcos Alderico
23/05/2011 08:59hs

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Silêncio...


Por toda a minha vida acompanhou-me a poesia.
Trouxe-me o entender da vida, a alegria.
Deu-se para mim letra por letra,
Amontoou-me sílaba a sílaba
Até formar-me em frases.
E quando, enfim, senti-me versos
E todo prosa eu me vi,
Presenciei-a partir (insuportável foi a dor!)
E se tornaram em silêncio
Todas as poesias de amor...


Marcos Alderico
06/04/2010 08:09

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Poeta de gueto


Vivo em gueto
De poemeto em poemeto
Não prometo mais do possuo
Pois suo a testa
De festa em festa que é compor
Comportados e descomportados versos,
Diversos modos de amar
A lavra das palavras.
Não as rimo.
Elas é que me arrimam,
Dão-me suporte
Para que eu suporte
A vida pela própria sorte
De ser poeta, meio mago,
Encantador de palavras,
Ilusionista do que,
Se nào é,
Poderia ser...
No gueto da Poesia é assim:
Quando se pensa que é o fim,
É só o começo.
Então, não peço,
Não meço as consequências
Com sequências de pudores
Nem arrependimentos.
Poesias são, para mim, alimentos
Elementos essenciais para a minha vida.
É comida para a minha sandice.
É isso e pronto. Disse!




Marcos Alderico
15/05/2011
11:03h

terça-feira, 17 de maio de 2011

Nada sem você


Para que a brisa, sem teus cabelos para soprar?
Para que o sol, se tua pele não sair de casa nas manhãs de primavera?
Para que as flores, se o perfume que exala de ti é a mais perfeita combinação de todas as essências?
Para que a água, sem teu corpo para refrescar sob as cascatas cristalinas do meu olhar?
Para que o luar, em noites de te querer e não te ter?
Para que a estrada dos desencontros, se o destino nos brindou com os atalhos do "se querer"?
Todas as trilhas me levam ao teu amor,
bem como todos os rios desembocam no oceano.

Marcos alderico
24/08/2010 08:25

domingo, 15 de maio de 2011

Um pensamento



A força do desejo nasce da ternura da inspiração. Não
há realidade, a dura concretude do ser, de ser e de sentir
sem que sonhos tenham sido delicadamente sonhados
e nos duros braços da ousadia tenham
se despertado.


P.s.: Pensem nisso. Boa semana a todos.




Marcos Alderico
26/04/2011 10:50h

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Felicidade


Felicidade mesmo que no último instante,
mesmo que num breve momento
Felicidade é um comprometimento,
uma obrigação e não se espante
se, por acaso, ela ainda não veio.
Então, abra o seu coração,
que é o primeiro passo,
é o único meio
para que ela se adentre,
prepare o seu corpo e sua mente
que ela suavemente
vai chegando
e, quando se percebe,
já se a está sentindo,
já se está amando
já se está chorando.
mas não é de tristeza,
e, sim, porque é uma beleza
sentir o seu chegar
com tamanha sutileza
que nos leva a pensar:
que, enquanto houver vida,
esta que não tem bis,
sempre haverá uma chance
de se tentar ser feliz.

Marcos Alderico
04/05/2011 10:31h

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ensinamentos


Levanto uma bandeira: a da paz.
Aquela que nos torna todos iguais.
E é sob este manto
Que vou entoando o meu canto
E solto o meu grito
Que, junto ao meu pranto,
Atinge o infinito
E retumba na alma,
Se batermos as palmas
E dissermos "não mais"
Não mais às bombas nucleares,
Não mais à poluição dos mares,
Não mais ao cidadão armado,
Não mais tanto sangue derramado,
Dando manchetes aos telejornais.
Desejo um mundo sem guerras, livre!
Chame isso de utopia ou sandice,
Mas quem foi mesmo que disse
Que não se pode mais sonhar?
Vai que você sonha junto comigo
E convençamos aos inimigos
Que o bom mesmo é amar?
E, sob a força deste sentimento,
Lembremo-nos de outro ensinamento
E a quem nos tenha ofendido
Possamos, então, perdoar?
Não se esqueça que a poesia é uma prece
E que quem a faz só fortalece
O poder que tem a fé.


Marcos Alderico
09/05/2011
10:23h

Inquietação


Em plena era da automação, da informação, da cibernética
Ainda sou um poeta bico-de-pena em uma concepção hermética.
Minha inquietação não é pequena.
Que pena...
Gostaria de dar um delete em alguns arquivos sem importância,
Sem razão de ser.
Quem sabe, um ctrl+c e ctrl+v
E, se isso não conseguisse resolver,
Simplesmente reiniciaria.
Ah! Que bom seria!
Tiraria minhas dores e rancores,
Minhas iras e amarguras,
Meus erros e dissabores.
Negritaria tudo o que eu não mais quisesse
E num único toque: ESC...esquece!
Nenhum dano, nenhum arranhão
Nem em mim, nem em ninguém.
Talvez, até, paz no meu coração
Pudesse, um dia, eu ter também.
Mas o que sinto é uma impregnação,
Uma contaminação, uma infecção,
Uma poluição de mim mesmo
E minha presença radioativa, corrosiva...
Gostaria de raspar de mim este lodo,
Este limo, esta lama podre
Que se chama ser humano.
Pudéssemos ser um ano
Apenas poetas e poesias...
Abaixo todos os Barack Osamas!!!!
Preciso fazer uma limpeza no meu sistema.
Jogar na lixeira os meus dilemas.
Vou dar um boot para tentar me reconectar.
Há erros impossíveis de se reparar.
Mesmo o que se acha tão sólido, um dia rui
Ctrl+alt+del...fui!!!

Marcos Alderico
03/05/2011
9:48h

sábado, 7 de maio de 2011

Diva Mãe


Misticamente amante da vida
Dádiva da diva que a mãe é.
Aquela que de tanto amor
Nos deixa cheio de manhas
De manhã, cedinho,
Enchendo-nos de carinho,
Na hora do café.
A mãe, de quem a beleza nos fascina
Tem o amor como uma sina,
Sina de ser mulher.
Que não tem constrangimento,
É mãe em todos os momentos,
Não tem hora nem lugar.
Ainda que sob tormentos,
Se tiver que brigar, briga,
Para dos males nos livrar,
Cumprindo, assim, seu papel sagrado
Até o fim da sua missão,
Pelo quê, em forma de singelo agrado,
Abro a você o meu coração.

Feliz Dia das Mães!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Melodia e saudade



Sou feito lobo, que apaixonado pela lua
A deseja alva e nua,
À distância sem a poder tocar.
Meu uivo é um canto melancólico.
Se fosse música, seria um blues:
Melodia e saudade...
Tristeza sem fim e um violão desafinado.
Ninguém para bater palmas, além da solidão.
Para a hora do sol, uma ressaca de Wisky,
Uma nota repetida e sem graça
Para aumentar minha agonia
E relembrar um amor que me deixou
Numa noite fria.
Abraçadas comigo pelas calçadas,
Pelos bancos das praças,
A sua falta e a Poesia, velha companheira
No amor como na dor...
Diante de mim, um abismo escuro me dá prazer.
Viver sem um amor, não é viver!
Não comungo dessa ideia, não sou consorte!
Com sorte encontre a morte,
Que é melhor que não a amar...




Marcos Alderico
08/04/2010 12:42h

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tô retrô...



Gostaria de retornar ao útero.
Ah! Poesia, leve-me!
Mas não ao útero materno,
Ao do tempo. Do tempo em que se era feliz.
À época da timidez e da singeleza,
Dos toques de mãos e trocas de olhares.
Das cartas tão demoradas,
Que, mal escritas, enviavam-se às namoradas,
Sempre ávidas por dizeres de amor.
Ai! Como deveria ser bom!
O rastro do perfume que ficava ao passar
Aquela do bem-querer!
As cantigas de declarações,
Os corações gravados nas árvores
E, dentro deles, duas iniciais.
Como seria bom dizer-se: "eu te amo"
E como deveria ser bom sentir-se amado.
Nada de artificialidades nem toda essa tecnologia
Que traz à vida intranquilidade,
Tornando-a cada vez mais fria.
Por onde ficaram os grandes poetas?
Portas abertas para a magia!
Onde ficou todo aquele encanto
De se viver cada momento
Em seu próprio canto?
Passear de mãos dadas pelos largos,
Pelas praças...
Por onde ficou o amor?
Transformou-se em dúvidas?
Metamorfoseou?
O fato é que o tempo não pára,
O que não é coisa rara,
Só o homem é que mudou.




Marcos Alderico
01/05/2011
2:31h

domingo, 1 de maio de 2011

Um dia desses...


Um dia desses,
Não necessariamente hoje,
Tente sorver com toda a força do seu peito
O ar mais puro que a natureza possa lhe oferecer,
Aquele produzido com todo o carinho
E aromatizado com toda a delicadeza das seivas florais
E, então, aprenda a amar o vento;
Um dia desses, amanhã talvez,
Procure sentir no toque sutil e amável da água
Vinda dos mais longínquos recônditos da Terra,
Dos ribeirões, das cordilheiras ou dos subterrâneos,
Toda a pureza e a vida do útero da Terra
E, então, beba-a.
Não sinta que a água faz parte de você,
Mas que você é parte da água,
E, por isso, aprenda a amar as fontes;
Um dia desses, pode ser num feriado,
Quando você não estiver muito ocupado,
Olhe atentamente ao azul do céu,
Tomara que esteja um dia bem bonito
Para que você possa ver, também, o amarelo do sol
Iluminando a aquarela das manhãs de primavera
E, então, extasiado por tamanha luz,
Aprenda a amar as cores;
Um dia desses, não precisa ter pressa,
Quando você quiser ler esse poema,
Sinta a singeleza das palavras,
A cadência das imagens,
A sinceridade da mensagem,
E, então, aprenda a amar a Poesia;
Nesse dia, fuja de toda ideologia,
Liberte-se de qualquer filosofia
Que lhe queira fazer entender
Os motivos que tem o Amor.
Um dia desses, quem sabe agora,
Não tente imaginar para ele uma forma,
Nem um aroma, nem uma cor,
Apenas sinta sua presença,
Pois é a própria presença do Criador...




Marcos Alderico
01/08/2008
21:38h