sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ultra-Romântico




Morrer! Até a morte me dá prazer,
Diante da presença de não te ter.
Ver-te indo-te embora
É doloroso por deveras.
Nada neste instante me consola
A dor que se me consome se assevera.
Navego num tempo de perdição,
Naquele tempo imaginário
Bendito amor neste coração!
Maldito relógio! Maldito horário!
Porque te levam para longe de mim,
Porque me trazem sofrer sem fim...


Marcos Alderico
27/03/2010
 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sou o Boto



Minha cor é rosa
Mas posso nascer cinza
Sou meigo e fogoso
Carinho é meu lema
E de vez em quando
Minha sina
é subir o rio
Para namorar a morena
Que me espera
Me deixando assim
Matreiro de amor

E nela deixo minha Flor
A flor da vida
E depois, a saudade sentida
No olhar dessa morena
Que infinitamente me espera
A beira do rio.

Num pôr-do-sol
Sem poder retribuir
A vi morrer de amor
E voltei a sucumbir
E novamente ser
O mitológico boto

Que em noites quentes
Volto para encantar
As morenas do Amazonas
Amazonas de amor
Onde  é  o meu lar



Ps:  Poema presente do SÓ PRA VOCÊ.

Auxiliadora RS
01/07/11  11:39

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Renascimento



Preciso ver-te urgentemente!
Ter-te tão perto
Que possa sentir-te pulsar dentro da minha alma.
Assim como as palavras que tecem o meu amor por ti,
Que, se separadas nada dizem, senão um vazio.
Sem ti sou assim, vazio!
A ti sou entregue,
À tua poesia sou grato,
Nunca me sentira tão amado
Até conhecer-te
E nunca houve quem assim também eu amasse.
Não quero jamais ter novamente a impressão do fim!
Que se acabe o mundo! Fica comigo!
Dou-me a ti como quem se entrega à morte,
Manso e sereno a beijar-te os lábios.
Fecho os olhos e tu me levas...
Não para o além, mas ao renascimento do amor.



Marcos Alderico
08/04/2010
19:13h

sexta-feira, 22 de julho de 2011

cantata de amor

Amo-vos como antiga canção guardada em sótão, 
perdida no tempo,
cantata de amor,
serenata renascentista sob o luar.
Sou poeta-menestrel e vo-la
comporia cantorias nos madrigais
de fundos de quintais e fogueiras,
onde lançar-vos-ia ósculos em flores
e olhares de lampejo,
tudo em busca de furtivo beijo
daquela a quem desejo
como a ninguém mais...


Marcos Alderico
26/04/2010  19:27:15

quinta-feira, 14 de julho de 2011

No silêncio da noite...


Já é noite...
Hoje, o dia transcorreu rápido.
Nem percebi o frescor da manhã
Em meio à claridade de outono.
Nem percebi a alegria dos campos floridos
E a cantoria da passarada;
Não declarei o meu amor
À pessoa amada;
Descuidei-me das palavras amigas,
Perdi oportunidades únicas
De ser melhor...
E o que é pior:
O frio da noite
Guarda um céu escuro
De estrelas apagadas,
Que esconde os campos
Sob um manto negro
E o profundo silêncio
Dos passarinhos em sonhos alados.
No silêncio da noite,
Quem eu amo já adormeceu
E meus amigos já se fazem distantes...
No meu peito resta apenas um grito
Ansioso por se libertar
E levar consigo um “eu te amooooooo!!!!” sem dono,
Vadio e sincero.
Na solidão da noite,
Aguardo o amanhecer de uma chance
E guardo uma lição importante:
“Não deixe para amanhã o mínimo amor
Que hoje se possa dar...”


Marcos Alderico
21/04/2009
23:55h

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aos Poetas



Aos poetas sobrou a solidão do mar
O torpe movimento de suas ondas
Que guardam o reflexo do brilho
Das constelações

Aos poetas sobrou o encanto da Lua,
A magia das flores,
A alegria das cores,
A agonia e os prazeres
Que dão sabor aos amores

Aos poetas sobrou um canto
Nas estantes das salas
E um suave sabor de eternidade


 



Marcos Alderico
19/11/1998
09:36h

Ps: Trecho do livro  “Pétalas ao Vento”, pag. 101, Seus Lugares.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Teu rosto...minha saudade...


Meus olhos ainda orvalhados  de saudade
Cansaram-se da sua ausência.
Já era noite alta
Quando em algum lugar
Numa estrela longinqua qualquer
Vestia minhas fantasias de você
Até meu mundo transformar-se em sonhos...


Marcos Alderico
20/09/1998
21:17h


Ps:  Poesia do livro Pétalas ao Ventos , página 82
      "Suas mulheres"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu sou assim



Eu sou assim:




Assumo o risco
E rabisco a minha história.
Guardo no peito saudades
E levo um amor na memória.
Tenho poucas qualidades,
De muito só o amor pela vida.
E, se náo houver outra saída,
A estrada é sempre benvinda,


Me dá sempre a direção.
Ponho meus pés a caminho,
O vento me fazendo carinho,
Em espinhos não piso, não.
Já tive um ou outro medo,
Que apenas me servem de enredo
Só temo a solidão.
Por isso que eu aconselho
Tenha sempre grandes amigos
Faça de abrigo o seu coração





Quem os tem não corre perigos
Pois são nossos espelhos
Sempre nos dão a mão.
A poesia me dá alegrias,
Me dá abrigo e morada,
Não sinto frio, fome nem nada,
Pois amor para a alma é pão.
Por onde ela chega comigo


Lá faço um novo amigo
Que a vida o torna irmão.



 
Marcos Alderico
21/06/2011
12:00 hs

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Oásis



Onde andas, oásis do meu corpo?
Cadê as minas das doces águas
Que brotam dos teus lábios
E que matam minha sede?
Onde estarão as sombras dos teus carinhos
Sobre as quais deleito-me e derreto-me todo em manhas?
Junto a ti sou criança perdida, que encontra abrigo
E canções de ninar.
Sou brinquedo esquecido a espera de ti
Querendo brincar.
Por onde andas, raio de sol, calor e amor?
Dá-me cuidados, pois de ti quero também cuidar...




Marcos Alderico
12/04/2010 12:21h

sábado, 2 de julho de 2011

Taras e fobias




Saudades dos teus olhos e do teu sorriso,
Da tua alma e do teu corpo,
Das tuas frases bem feitas,
Toda a poesia que escorre dos teus lábios.
Saudade de ti inteira, de todas as maneiras,
Com todas as manhas e manias,
Taras e fobias.
Sou poema, és poesia.
Creio que me apaixonei mais do que devia...


Marcos Alderico
26/03/2010 12:14h