quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alvorecer poético


Uma alvorada cinza e sem graça raiou no dia em que me foi negado vê-la sorrindo.
Não ouvi sua voz de menina, anjo querubim, a brincar com doces frases de amor;
Não vi o astro rei porque minha celeste rainha não se me apresentou aos sentidos materiais,
Embora minha aura tenha já ensimesmada as raias causadas por sua existência na minha vida.
Consequência? Eu a amo feito um vulcão silente, aguardando encontrá-la para, enfim, explodirmos em paixão...
(seríamos nós pura erupção?). Aguardo-te em amor e fulguras...
...Amo-te feito o louco que, tentando alcançar as estrelas, subiu no mais alto monte e morreu congelado mirando o infinito.
Não alcançou as estrelas que tanto amava, mas guardou-as perenemente em suas retinas...

Resposta:
O cinza do alvorecer é disfarce
ao semblante desta que só faz amar-te
no silencio inconsciente do poente
dolorido adeus nesse impasse
Que sou tua e o Sol não deixa
que te quero e a Lua enfurece
que te procuro e a Terra se queixa
que te amo e o Universo emputesse

Não sou nada nem ninguém
sem ti nada aquém
de virgem tola navegando a esmo
nesse rio de lágrima, sempre o mesmo
 
25.05.2010 - 13:13hs
 

2 comentários:

  1. Sempre muito intensas suas poesias, suas palavras tocam a alma.

    Saudaçoes

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  2. Passei por essa conversa de vocês e me doeu a alma novamente, quando vejo as palavras lindas que escrevias só sinto um vazio tão grande de tão lindas poesias terem morrido, sucumbido. És realmente um grande poeta, prova essa aqui. Como gostaria de ter-te conhecido assim, poeta imortal, poeta apaixonado, poeta de bolso. Não nego que sinto ciúmes e algumas vezes inveja desse amor tão lindo e grande de vocês, e algumas vezes sinto alívio também.

    Um abraço.

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