quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Alegria! Alegria!


O que será de nós? - perguntariam as flores -
sem ninguém a admirar nossa multicolorida existência,
nem a sorver a fragrância das nossas essências?

Minha luz para quê? Se tudo se cala em sombra fria - assim o Sol diria -
sem beijos apaixonados dos casais à beiramar?

Onde estarão os versos, os sonetos, as odes e as rimas
que me desnudam e tornam mulher? - solitária, lamentaria a Lua.

O que será das palavras e dos refrões, sem a sensibilidade
das letras nem a melodia das canções? - aos prantos, a Poesia.

Ao Poeta não é facultado o direito a férias,
do contrário o mundo sofreria consequências muito sérias,
entraria em colapso natural,
declinando-se sob a força e a falsa moral.
Abaixo todos os poderes,
congressos e alianças!
Voltemos a ser crianças!
Chega de Marcados e Economia!
Volte, Poeta, componha versos e poesias!!!
Alegria! Alegria!

Marcos Alderico
10/01/2006
17:20h