sexta-feira, 21 de dezembro de 2012





Hoje, quando me acordei, que susto que tomei!
Lá ainda estava o céu azul anil
E o sol brilhante me lembrava os olhos
Daquela a quem sempre amei

Saí, só pra variar, para ver os velhos passarinhos
Cantando em coro na soleira da minha janela
Beijei minha amada e jurei meu amor por ela.
De um jeito diferente, hoje, eu a amei

Enfim, o mundo não se acabou, resistiu.
Assim como o dia amanheceu, lentamente,
Minha amada despertou
E a poesia, latente,
Dentro de mim gritou
E o bom e velho mundo ficou lá fora,
Dando voltas pelo universo
Preguiçoso, vadio e lindo,
Vagabundeando pelo sistema solar,
Enquanto vadiávamos sob os lençóis

Marcos Alderico
21/12/12
07:30

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012





A amizade não resiste ao efeito corrosivo do tempo
Não passa sem máculas, nem ranhuras
Aceita e enfrenta até as provas mais duras
Oxida-se
Despedaça-se
Destroça-se
Perde massa
Enfraquece-se
Mas não morre, posto que a saudade prevalece
A distância até a balança
A ausência a estremece
Mas, de amigo que é amigo,
Como me diz um velho amigo,
A gente jamais se esquece

Marcos Alderico
30/10/12
7:10