quinta-feira, 24 de março de 2011

Vagabundagem matinal



Enquanto o tempo nos devora
E a vontade nos consome
Todo o pudor jogamos fora
Vagabundagem é o nosso nome

Nada nos para nessa hora
Em que nos damos aos momentos
Que nos acalma e melhora
Levando embora os lamentos

O dia corre muito mais feliz
Mesmo quando tudo contradiz
Ou que seja difícil como for,
Mas, amanhecer fazendo amor
É a vida que eu sempre quis

Somos um casal irresponsável
Mas o prazer é inigualável
Se for um mal, nos faz tão bem
A inveja, sim, é lastimável
Amanheçam se amando também


Marcos Alderico
24/03/2011
9:41

terça-feira, 22 de março de 2011

Chega!


A guerra erra.
Enterra eras e eras.
Encerra a Terra
e não espera...
emperra.
Emperra impérios
e só impropérios
vagueiam nas palavras
perdidas como o tempo
na calada boca-da-noite
sem dentes, sem sorrisos
e faminta
como a daqueles que só querem
a paz.
Sossegue, rapaz,
a guerra é um erro
que não deveria ser cometido jamais.

Marcos Alderico
22/03/2011
12:35h

quarta-feira, 2 de março de 2011

Reencontro


Olhar desconfiado
surpresa no ar
Dúvida
Olhos atentos
sentidos à flor da pele
O primeiro beijo já dado
as sensações...
0 suor
tremor
a paixão
o desejo
um turbilhão de sentimentos
e a dúvida
de repente
um toque
um cheiro
Ah! Que cheiro...
O mesmo cheiro
fêmea que me domina
daquela pele
a tanto tempo conhecida...
a tanto tempo desejada
um quarto de hotel
no coração do Brasil
e dois corações...
no cio
entranhas e músculos em contração
sussurros
uma canção
No peito um coração confuso
em meio à excitação e medo
Nos olhos a figura da mais linda de todas as criaturas
o seu grande amor...
seu grande desejo
pulsando tesão
sentindo o cheiro que o acompanharia por toda a sua vida
cheiro daquela mulher...
só ela tem aquele cheiro
identidade animal
o menino quer o gosto
sente-o
nunca mais o esquecerá...

Marcos Alderico
01/09/2010
15:04h

Cantinho Florido


Muito além do dizer amar
Bem depois do sentimento saudade
Muito após a sensação paixão
Pra lá do prazer de gozar
Existe um cantinho florido
De onde surge um ranchinho
Onde moram dois corações
Esse lugar é repleto de cores
E nele reinam todos os amores
Que nele queiram frequentar
Naquele pedaço de paraíso
Se ouvem só risos
Trazidos em uma brisa
De um tempo fugidio
Brincando de ciranda
Embalado com antigas canções de roda
Lindas e livres canções de ninar
Naquele pequeno espaço
Vive um amo atemporal
Que não envelheceu
Um amor com síndrome de Peter Pan
Que se renova toda manhã
Sob uma cachoeira dourada
Que faz desabrochar a vida multicor
Sob um arco-íris chamado
“Nosso Amor”....

Marcos Alderico
25/10/2010
15:44h