sábado, 30 de abril de 2011

Esses loucos fantásticos e seus sonhos maravilhosos...



O sucesso não se alcança
apenas com acertos e vitórias.
É um tecido de pequenas conquistas
cujos pontos são um incontável
número de erros e derrotas.
A diferença entre o sucesso e o fracasso
é a persistência.
Desistir diante de uma derrota,
ainda que seja a milésima,
é distanciar-se da almejada glória,
mesmo que seja a única.
Aos gênios, assim como aos sábios,
não foi dado o poder de voar.
A realidade da razão, porém,
não é possível só pela genialidade
ou pela sabedoria,
é, antes de tudo,
por causa da ousadia da loucura
daqueles que resolveram desafiar
o universo a fim de provar
a possibilidade de seus sonhos
e foram chamados de loucos por terem conseguido...




Marcos Alderico
16/11/2006
16:33h

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Tempo



As horas são meros detalhes do tempo.
A eternidade? Um capricho do que se possa dizer inútil e oxidado.
De nada nos vale a eternidade,
além do que se possa esperar de um futuro fadado a ser passado,
numa perene luta entre o agora e o depois.
O que será mais belo e perfeito do que o breve instante?
Aquele que se guarda por toda uma vida?
Aquela fagulha que jamais se desbota em meio às memórias e algumas mentiras,
posto que estas são apenas um ponto de vista
num caleidoscópio de princípios e meias-verdades...
Enfim, o que pode ser mais eterno do que o que o peito traz consigo
até a desintegração do tempo?
Nada.
O amor é, pois, não apenas mais belo, quanto mais útil,
quando inoxidável, livre de suspeitas, desprendido das incertezas
e distante das mazelas da dúvida...
Portanto, dona Eternidade, dê-me licença só um segundinho,
porque amar é preciso, ser eterno não é preciso...

Marcos Alderico
17/04/2009
22:57

O que importa é a festa


A corda-bamba para mim é uma avenida
Não tenho tempo para a hora da partida
Não tenho medo de ter medo,
Prefiro a verdade que o segredo
Por isso, quem quiser me ignorar, que ignore
Terão que me aceitar, ainda que demore
Não estou nem aí, para o seu domínio,
Se eu não sou dono nem do meu próprio destino
Então só me resta cantar e cantar e viver
Toda noite, todo dia, alegria
Que diferença que isso faz?
O que importa é a festa, a seresta
Porque um dia desses a gente jaz
Aprenda a viver, meu rapaz
Já dizia um velho ditado:
“se morrer é descansar,
Eu prefiro é viver cansado”...


Marcos Alderico
24/04/2009 21:16h

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A bela da Net


Só posso agradecer por existires em minha vida.
Tu, que me trazes clássicas brisas de amor.
Aquele amor que não se compra em feiras,
Que não se transmite em parabólicas, mas em bucólicas canções.
Tu, que és muito mais do que possa sugerir as novelas e os telejornais.
És livro lido em ribanceiras, sob a sombra de pomares, à beira de ribeirões.
És a bela que navega na Net,
Mistura de diva e felina,
Deveria, então, dizer divina,
Que assim a vislumbro mais.
Dá-me teu amor de encanto,
Que me entrego em prantos aos caprichos teus.
Eu, teu poeta-poema, que só tenho a oferecer-te os singelos escritos meus


Marcos Alderico
26/03/2010

quarta-feira, 27 de abril de 2011

R.I.P.



Tenho andado pouco,
Viajado nada,
Esperado algo que não sei o que é.
Tenho visto o tempo
E ele não é mais louco,
Anda meio sem graça,
Sem rumo, sem força...
Anda largado, fazendo pirraça
Com o mármore estático
Das estátuas das praças.
Estou em estado glacial,
Embora enlouqueça-me
A idéia de um aquecimento global
De um amor que me faltou...
O destino não foi tão bom comigo
Como foi a poesia.
Aquele me cobrou sempre a razão
De uma vida estagnada.
A poesia nunca me cobrou nada,
Amou-me insensatamente,
Simplesmente como se deve amar.
- Foda-se a vida regrada!!!!!
Se é para viver como um fantasma,
Pode me chamar de Gasparzinho, camarada.
Jamais serei mesmo compreendido,
Por isso não morrerei arrependido
Por tudo o que por mim foi dito.
Sinto por não ter ofendido mais.
Não vim aqui para ser messias,
O que eu queria era ser poeta em paz.
Mas ao poeta quem escuta?
Só a loucura e alguns filhos-da-puta.
Todos gente boa, eu sei.
Acho que Deus ama as crianças,
Os poetas e os filhos-da-puta
Que gostam de poesia...
A poesia é uma prece, afinal.
É um pedido de perdão de um anjo caído.
Não lastimo a vida,
Lamento por não a ter vivido...
Por não a ter vivido mais.

Marcos Alderico
30/12/2009
14:58h

Antes que o tempo passe por entre os seus dedos, antes que ele lhe apresente todos os seus medos: antes que a vida se acabe, se acabe de tanto vivê-la.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Em mim



Escrevo poesia porque vivo
Componho versos porque amo
Sou todo prosa porque a felicidade me consome
Sou poeta?
Escritor?
Imortal?
Não.
Eternidade é o meu sobrenome
Enquanto existir a inspiração.


Marcos Alderico
25/04/2011 09:00hs

Bem vindo poeta!



Há quem nos chame de loucos,
Os que dizem que somos poucos
Que somos fadafos à extinção.
Pobres coitados!
Pois estão muito enganados.
Não conhecem a nossa nação
Esta que já quebrou barreiras
Atravessou fronteiras
Geração a geração.
Esta que cresce dia após dia
De quem a pátria é a poesia
E o amor é o seu chão
Para se entrar neste território
Só se precisa de um repertório
E muito amor no coração
Esqueça vistos e passaporte
Considere-se com muita sorte
Voe sem asas nem avião
Lance mão ao primeiro verso
E isso eu lhe confesso
É a mais pura emoção!
Depois disso a felicidade
Trará a você fidelidade
Numa enchurrada de inspiração
Então, diga adeus a monotonia
Entregue-se à poesia
Seja mais um nesta legião.





Marcos Alderico
25/04/2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Minha deusa


Não tenho um reino de vastas campinas,
Mas um amor de gigantesca proporção.
Não tenho nenhuma coroa,
Nenhum exército com mil carabinas,
Mas guardo um tesouro no meu coração.
O que me falta és tu, linda rainha,
Diante de mim para que eu beije os teus pés,
Pois sou teu como tu és minha,
Teu fiel sou eu e tu minha deusa és.

Marcos Alderico
12/04/2010 14:46h

domingo, 24 de abril de 2011

Mitologicamente apaixonado



A cada dia mais apaixonado,
Dedico-te o perfume das flores
E envio-te num sopro da brisa
Declarações dos mais belos amores

Vejo-te como Helena a tecer o seu manto.
Enquanto me esperas,
Vejo o teu pranto.
Serás Julieta e eu seu Romeu?
Não! Eles morreram por amor
Enquanto nós queremos vivê-lo!
Com intensidade e despudor!

Amamo-nos como os grandes da História
Com fervura e dedicação
Somos como deuses mitológicos
Tu és minha Isolda, eu, seu Tristão.

Tens-me encantado como bela sereia
Sou presa fácil, sou mero Tritão
Preciso de ti como o mar da areia
Sem ti não tem vida o meu coração...


Marcos Alderico
14/03/2010 11:53

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ser teu de todo jeito



O sorriso que me ofertas
O "pouco" que tu me dizes
É o manto que me acoberta
Das noites de extremo frio
É o adorno celestial
Do andor deste poeta-pecador
És ao mesmo tempo
O bálsamo e a ferida,
O afago e o açoite,
A esmola e o tesouro.
Não quero morrer de amor,
Mas viver amando-te.
Amo tudo em ti,
Desde a alma alva e cândida
À tua carne quente e macia!
Tu não és sonho,
És toda e pura Poesia!
Não te elevaria a santa,
Posto que te quero
Como a mim,
Ambos vadios e impúdicos
Um do outro:
Putos, amantes, depravados,
Desvairados e livres para amar!
Chame-me do que quiser
"Meu poeta, meu poema, meu escravo,
Meu bobo, atrapalhado, apaixonado,
Meu puto de plantão!"
Chame-me que eu vou.
Sou teu, em luz e calor.


Marcos Alderico
20/04/2010 11:35h

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sou saudade...



De que vale cada grão de areia do tempo
Se ao encher-se a ampulheta
Restarei na paz e na agonia de não te ter!
Quero mesmo é o "dessossego"
Que tu me trazes,
A inquietude e a sapequice
De menina-moleca e atrevida.
Quero-te na minha vida
Total, plena e absoluta.
Quero-te em poesias, versos,
Prosas e frases.
Quero ser sílaba a formar contigo
A palavra desejo.
Tu e eu.
Não quero rimas métricas.
Quero palavras soltas e livres
Como o descompasso dos movimentos
Dos nossos corpos.
Quero-te em meus pensamentos mais turvos
(mais turvo-me pensando em ti)
Sou vulgar?
Não. Sou saudades...

Marcos Alderico
18/04/2010 13:06h

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sem Sentido



Para que a brisa, sem teus cabelos para soprar?
Para que o sol, se tua pele não sair de casa nas manhãs de primavera?
Para que as flores, se o perfume que exala de ti é a mais perfeita combinação de todas as essências?
Para que a água, sem teu corpo para refrescar sob as cascatas cristalinas do meu olhar?
Para que o luar, em noites de te querer e não te ter?
Para que a estrada dos desencontros, se o destino nos brindou com os atalhos do "se querer"?
Todas as trilhas me levam ao teu amor,
bem como todos os rios desembocam no oceano.


Marcos Alderico
24/08/2010 08:25h

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Teu Tupy



Esperava-te.
Nau ancorada num porto
Sob a prata enluarada luz de Jacy.
Sou teu tupy, Pery.
Vindo de distantes terras
para namorar-te,
Minha guarani'porã,
Cunhã porã do mar de Xaraés...
Presente de Tupã.
Sou teu bugre, sinhá!
Preguiçoso e mal-mandado,
Prisioneiro malandro, canhembora
Que aprendeu o caminho da fuga
Só pra poder te amar
Nas capoeiras,
Nas campinas,
Sob a relva,
Nas cachoeiras,
Nus, libertos pela poesia
Tu e eu.




Marcos Alderico
22/08/2010 01:19

domingo, 10 de abril de 2011

Resgate



Num dia bonito,
Dia calmo, corriqueiro,
Desses em que as flores brilham,
Coloridas e sua exuberância
Vira ode ao cantar dos passarins...
Foi num dia desses que você
Voltou para mim.
Foi num dia desses que fui resgatado, enfim
Das duras noites sem amor
Que atormentam e açoitam a alma de um homem
Num dia bonito de se viver
Você voltou para mim
E num dia bonito
Transformou todos os meus dias.


Marcos alderico
07/04/2011 09:23h

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Asas Tortas



Sinto pena da alma que me carrega
Mas sinto fé na alma que me suporta.
Sinto um pé na calma que me comporta
E outro vagando além daquela porta.
Sou um anjo vestindo luto.
De asas eu sou um poeta,
Do amor eu sou um profeta.
Sinto pena da alma que me carrega,
Pois da embriaguez eu sou o vinho,
Da coroa, sou o espinho,
O ferro que faz a ferida.
Criado para ser livre,
Tenho um par de asas tortas.
Não voo para onde quero,
O vento é que me dá direção
O galho na curva de rio,
O galo que cantou três vezes
E ninguém ouviu,
Numa escura madrugada de frio,
Não sou mais que amor e perdição,
Problema e solução,
O temporão e o derradeiro,
Ao mesmo tempo falso e verdadeiro,
Sou, enfim, o fim em sua perfeição...





Marcos Alderico
25/05/2007
11:00:08h