Não negaria um segundo de emoções já vividas por uma vida de razão. Quando não puder mais amar insensatamente a loucura da poesia como ela me ama, deixarei para trás este mundo sem conserto e algumas poesias partidas.
domingo, 30 de maio de 2010
Náufrago
A quem interessar possa:
que queira salvar um náufrago do amor,
perdido em uma ilha de saudades,
cercada de recordações,
ameaçado por selvagens desejos de carícias,
sufocado pela carência de afagos,
faminto por lábios entreabertos,
regados por loucas palavras
ditadas pela paixão,
em mágicos momentos de prazer.
Que chegue bem de mansinho,
trazendo um farol no olhar
para que eu possa me guiar,
uma boca insaciável de beijos,
onde eu mate minha sede
em fonte de água doce,
uma mina de suor,
onde eu lave minha aura
e purifique meus anseios.
A quem interessar possa,
que não me mande resgatar,
apenas lance-se neste mar
com um oceano de fantasias
que possamos, juntos, realizar...
Marcos Alderico
06/03/2006
16:56h
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Poeta naufrago, silencioso rosnar de vento,
ResponderExcluirNo balouçar do silencio, o tempo
Gelo que ganha a paz, momento
E tudo é nada além do mesmo intento
Não se quer ser capaz, ir sem se doar
Ao regaço que cansa e ao alento
Desalentado do pobre próprio pensamento!
Muito lindo esse poema! Sinto muito naufrago, mais já te resgatei para mim... Parabéns, vc é realmente um apaixonado, fico pensando na sorte dessas palavras... Parabéns!
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