sábado, 19 de junho de 2010

O amor e o espinho


Como uma onda em sua ida sem volta
Uma nau navegando sem rota
Colidindo na arrebentação
Na praia deserta e árida de um coração

Como aquele rumo que não se ampara em caminho
A melancólica vela apagada no fim de uma estrada
O que resta depois do fim do carinho
É apenas um grande vazio, é nada...

A rosa feriu-se no próprio espinho
A ferida deixou-a despetalada
Beijaflor acolheu-a em seu próprio ninho
Para amar ainda estava despreparada

Quando o amor deixa no coração uma semente
Os enganos plantam-se na areia fria da mente
De onde nascem ervas venenosas e amargas
Bebidas em goladas fartas e largas

Anda-se torpe pelo caminho que for
Até que chegue o dia em que aquele amor
Que foi depositado e esquecido no coração
Noutro dia germine-se viçosa plantação

Os erros se transformam em perdão
A dor é puro esquecimento
O que se quer viver é o momento
Quando o amor é mais forte que a traição...


Marcos Alderico
19/06/2010
6:56h

4 comentários:

  1. Amor! Parabens, linda poesia, como sempre as palavras expressam os sentimentos de um poeta apaixonado pelos amores e pela vida... O que seria da poesia sem o passado e o presente?

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  2. Suas palavras embriagam minha mente,
    sempre e de novo!
    As leio e releio em admiração...
    quase devoção ao ser maior que é,
    Poeta,
    Encantador de Palavras...
    Amante apaixonado!!!

    Rogo que tenhas piedade desta alma devota...
    Dê-me tuas palavras de alimento,
    eu as mendigo a ti.
    Escreva...
    Desesperadamente peço-te...
    Escreva para que eu leia e alimente-me!!!


    ~Paz a ti e a teu peito.~

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  3. Falta vontade de viver!
    Falta de sorriso e de magnanimidade na vida,
    já que existir sem existencia é menos que beijar os lábios frios da morte!!!

    Saudades de vc!!!

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