segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Boto


Sou um mistério facilmente decifrável.
Desses comumente encontrados em feiras-livres,
Nas manhãs dominicais.
Sou filho da mata e dos rios,
A floresta pulsa em minhas retinas
Como o Negro corre em minhas veias.
Sou vindo do boto
(Alguns dizem assim)
Lenda caminhando sob a luz de Jacy.
Mas, no fundo, sou apenas um amante apaixonado
Por Yara também fui encantado
Por isso voltei aqui.
Vim tomá-la em meus braços,
Apertá-la contra o peito
E, como não há outro jeito,
Posto que o amor é perfeito,
Um do outro seremos, enfim...




Marcos Alderico
01/02/2011
12:21h

5 comentários:

  1. Abro os olhos e te vejo
    Lindo... e sobre meu desejo
    Nossos corpos trêmulos
    Se entregam aos momentos
    Que a nós pertence

    Nunca vi cena mais linda
    Nem em nenhuma poesia
    As palavras conseguem expressar
    A beleza que vejo agora
    Desse Deus que me devora
    Sem os olhos enxergar

    Mais eu vejo e percebo
    Como é lindo esse desejo
    De possuir, de domar
    Esse corpo branco e perfeito
    Que somente um Deus tem por direito
    O direito de amar

    Posso viver mil vidas
    Nunca verei cena igual
    Esse Deus que me possui agora
    Que esperei em vidas outroras
    Ejacula em mim o seu deitar


    E por mais que sinta engano
    Vou morrer de tanto amar...


    Bjs meu amor!

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  2. Muito lindo a poesia que escrevestes! Cenário do Amazonas, do nosso rio negro. Personagens da nossa Manaus, linda e bela onde estáis agora. Criador de palavras que encantam. Ser Yara é algo encantador.

    Bjs

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  3. Amando-se sob florestas
    ramas - cipós - sob frestas
    olhando em canteiros e sendas
    redes cantadas, emendas
    Florais o suor dessas peles
    calor de paixão, beijo reles
    já que encanta assovios
    Aracunã que cante rios
    onde leitos nos banham
    e das fadigas - descansam


    ...


    Me fizeste viajar ao teu mundo!!! ♥

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  4. As horas se perderam
    Fugiram na nossa emoção
    E nos encontramos num longo beijo
    Essa chama que incendeia nossos corações
    E percorre o desejo
    Com a boca, com os beijos
    E mãos urgentes nos apertos
    Olhos graves e febris
    De um alguem que não conheço
    São viagens que eu fiz

    Lagrimas e juras
    Nos falamos a todo instante
    E a mente insistente
    Insiste no “NÃO”constante
    Mesmo assim me abro toda
    E te recebo... te acolho
    E gemidos tu me roubas
    E teus gemidos, tu me doas.

    Esse homem que desconheço
    Num mesmo instante reconheço
    É o amor que eu mereço
    Que padeço, que me rendo...
    E em seus braços desfaleço
    De amor estou morrendo
    E vivendo e revivendo
    Esse nosso recomeço...

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