quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O Encantador de Palavras



Sou encantador de palavras.
Lavro-as livres,
Leves como levo a vida,
Envolvidas em vazio e flores.
Palavras soltas no ar
Como a brisa à beira-mar.
Não as prendo aos limites dos livros.
São lindas lidas na lida
Do exercício dos amores.
(Para dizer que amo,
Picho-as nos muros,
Lanço-as na Net
Deito-as na rede e as amo).
Deleito-me no delito de amar sem a marca da culpa
A me atazanar.
Sou encantador de palavras
E mesmo quando a vida me divide,
Me divirto desvirtuando os sentidos
De tudo o que pareça claro
E declaro-me antagônico de tudo que seja óbvio.
O amor não é óbvio, por isso amo e não reclamo.

Marcos Alderico
03/02/2010
23:26h

2 comentários:

  1. Nossa! Era hoje a unica coisa que me faria liberta das minhas próprias paranóias!

    Obrigada...

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  2. Já a li e reli dias e mais dias! Não consigo deixar de admirar sua obra, Poeta.

    És morador dos sonhos, habitante confesso das prosas e versos!

    És amante da poesia e vives em delitos com as palavras, desejoso que és da vida e da fantasia!

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