Não negaria um segundo de emoções já vividas por uma vida de razão. Quando não puder mais amar insensatamente a loucura da poesia como ela me ama, deixarei para trás este mundo sem conserto e algumas poesias partidas.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Poesias de Barro
Desejo uma poesia por minuto
uma rima por segundo
- um passo profundo
- de um poço fecundo.
Uma formiga tecendo árvores,
Criando mestres
À sombra de um pé de arte.
Não quero rimar valsa com salsa.
Antes, dor com blues,
Amor com pus
Marcos Alderico
01/10/1996
22:58h
O homem alfabetizado de ventos
Não escreve aranhacéus,
Planta beijaflores,
Cultiva répteis...
(inútil é entender poesias)
Marcos Alderico
01/10/1996
23:05h
Tinha um par de sapatos.
Joguei-os no ribeirão
E criei raízes no lodo.
Virei chão.
Marcos Alderico
01/10/1996
23:08h
O cheiro sutil das sombras
Engorda os olhos,
Esconderijo de tralhas.
Marcos Alderico
02/10/1996
8:49h
Uma singela homenagem ao poeta Manoel de Barros.
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Wau, mas que rompante de poesia! O homenageado há de ficar envaidecido...
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