Que beijo tenso!
Cheio de medo e desafios, repleto de desejos e calafrios!
Um beijo sutilmente...selvagem. A agressividade permitida, refletida no invadir de nossas bocas por malabarismos e peripécias de nossas línguas, ávidas por se terem, como se quisessem fundir-se numa só. Diferente não foi a vontado do corpo. Neste momento falo do meu -só posso conhecer do que ele sente – que pela primeira vez tomou o teu em um abraço quente (e como somos quentes!). Naquele instante queria fundir-me em ti em roçar de corpos, dominar-te e dar-me ao teu domínio como se um guerreiro ou como se um menino. Descansar no calor dos teus abraços, jogado em seu cansaço...quase morto de prazer. Fitar-te os olhos e cristalizar-me no tempo de te amar. Ter-te poesia cativa dentro do meu peito. Inspirar-te poesias, melodias e refrões. Sinfonias renascentistas! Porque somos artistas. Somos poetas. Seja na vida ou na arte, na vida e na cama. Na arte da vida na cama. Diamantes brutos de amantes frutos da paixão incontida nas linhas da Mãe Poesia, somos a própria arte. Estamos nos escrevendo, gravando-nos na pedra das nossas vidas. Quero ser o motivo dos teus livros, não quero ser doutor. Chame-me de "meu poema" e, não, de "meu poeta", porque, uma coisa é certa, nós vamos fazer amor...
Marcos Alderico
24/03/2010 14:06 hs
Belissímo texto ou será poema? Lembra dessa data? Eu nunca vou esquecer... Parabéns em todos os sentido.
ResponderExcluirBjs