Entrei em cena no palco do amor
Fui vilão, fui herói, criatura mitológica,
Não sei se Éros ou Baco.
Fui Teseu e desafiei o labirinto que me separava de ti.
Enganei-te, ou será que fui enganado?
Levado por teu cântico das Tágides a naufragar
No doce oceano dos teus encantos.
Explorei tuas entradas e me vi perdido no teu mundo.Pintei na tela viva de amar um Neoclássico no espelho.
Uma Vênus beijou-me a boca e encantou-me
Deixou em mim um suave rastro de desejo
Traduzido em gostos, cheiros, toques e imagens.
Uma Vênus se precipitou sobre mim e tomou o meu mundo.
Até mesmo Crônus parece ter nos abençoado com mais tempo.
Deu-nos de presente as horas.
Senti o tempo parar.
O amor tem que ser uma obra de arte
Pintada nas paredes rupestres da memória
Tem que entrar no nosso livro de História.
O amor precisa ser esculpido em entalhadas precisas
Em movimentos bruscos e sutis,
Em pinceladas vigorosas e frases soltas,
Correndo loucas, letra por letra, escorregando pelos cantos da cama
Como se fôssemos uma obra de Dali.
Beijar tua boca é desvendar os mistérios da noite.
Ter teu corpo é conquistar o inconquistado,
Pois não basta tê-lo, é preciso dominá-lo.
Ou deveria dizer domá-lo, bravia que és.
Arredia e decidida numa mistura de sim e não
(Nim ou São?) Um não com vontade de sim,
Assim somos nós...
Pela genuinidade das nossas peripécias,
Uma obra de arte.
Marcos Alderico
25/03/2010 14:10h
...O amor tem que ser uma obra de arte
ResponderExcluirPintada nas paredes rupestres da memória...
Lindo Marcos...beijos
Claro que lembro Marcos
ResponderExcluirComo poderia esquecer o padrinho do Idéias?
Só te peço perdão por não aparecer em teu blog
talvez nas férias eu tenha mais tempo.
Viste que estou congelada em meu blog?
Pois é...fico tão triste por não poder dar a devida atenção aos amigos...
bjos e um bom final de semana