segunda-feira, 4 de abril de 2011

Asas Tortas



Sinto pena da alma que me carrega
Mas sinto fé na alma que me suporta.
Sinto um pé na calma que me comporta
E outro vagando além daquela porta.
Sou um anjo vestindo luto.
De asas eu sou um poeta,
Do amor eu sou um profeta.
Sinto pena da alma que me carrega,
Pois da embriaguez eu sou o vinho,
Da coroa, sou o espinho,
O ferro que faz a ferida.
Criado para ser livre,
Tenho um par de asas tortas.
Não voo para onde quero,
O vento é que me dá direção
O galho na curva de rio,
O galo que cantou três vezes
E ninguém ouviu,
Numa escura madrugada de frio,
Não sou mais que amor e perdição,
Problema e solução,
O temporão e o derradeiro,
Ao mesmo tempo falso e verdadeiro,
Sou, enfim, o fim em sua perfeição...





Marcos Alderico
25/05/2007
11:00:08h

2 comentários:

  1. uau...

    Fascínio em doravantes
    frios encantos amantes
    Anjo de asas tortas
    Desejos torpes
    rotas sonsas - mortas
    encantos mil. Sincero
    e vil.
    Plural de corpo
    Falantes versos
    cantos
    sonoros
    imersos
    Vastidão da alma
    sobrehumana
    Alada
    Fala!

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  2. Queria tanto poetar como você
    Ser anjo, demônio, menos santa
    Te acolher em meus braços e ter
    A certeza de para sempre conter
    Meu espirito em ti como manta

    E te cobrir com todo o meu amor
    Cuidar, zelar como a uma flor
    Que precisa tanto viver e para isso
    Ser regada com compromisso
    De uma vida longa no nosso paraiso

    Se te amar é o céu conhecer
    Mesmo que o inferno fosse meu final
    A recompesa para esse mal
    Que o amor impõe ao humano ser
    Eu, com certeza vou padecer
    Desse amor que quero tanto ter

    Meu anjo menino, lindo!
    Dolorido sei que é meu destino
    É o preço que pago por idolatrar-te ...


    Linda poesia que criastes poeta meu, parabens!

    Bjs

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