quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ser teu de todo jeito



O sorriso que me ofertas
O "pouco" que tu me dizes
É o manto que me acoberta
Das noites de extremo frio
É o adorno celestial
Do andor deste poeta-pecador
És ao mesmo tempo
O bálsamo e a ferida,
O afago e o açoite,
A esmola e o tesouro.
Não quero morrer de amor,
Mas viver amando-te.
Amo tudo em ti,
Desde a alma alva e cândida
À tua carne quente e macia!
Tu não és sonho,
És toda e pura Poesia!
Não te elevaria a santa,
Posto que te quero
Como a mim,
Ambos vadios e impúdicos
Um do outro:
Putos, amantes, depravados,
Desvairados e livres para amar!
Chame-me do que quiser
"Meu poeta, meu poema, meu escravo,
Meu bobo, atrapalhado, apaixonado,
Meu puto de plantão!"
Chame-me que eu vou.
Sou teu, em luz e calor.


Marcos Alderico
20/04/2010 11:35h

3 comentários:

  1. Ai que delicia de poesia.... caliente, despudorada, real. Muito bom ler vc! bj.

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  2. Lembranças de outra estrada...

    Encantos duma menina...

    Os versares que aqui disparas,

    ao meu peito - alvo incerteiro -

    despedaças sem cerimonia,

    enfastias entre desdobras

    e falas! Outra Poesia.

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  3. Olá, vim aqui para agradecer o comentário deixado em meu blog,http://nadialis.blogspot.com/
    mas me absorvi de uma maneira entre teus poemas, que o tempo passou e nem senti...Amei teu blog!!!

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