Com sede de tinta e fome de papel.
Latino-americano cego de sorrisos,
Exausto de amarguras.
Sou latino-americano com todos os meus defeitos.
Minhas palavras são ranhentas,
Minhas letras são amargas,
Meus pensamentos me machucam,
A melodia das minhas canções está cansada.
Mas não desisto de sorrir.
Quero pensar,
Acreditar que a felicidade existe,
Apenas se escondeu,
Numa brincadeira de mau gosto.
Sou latino-americano
E quero morrer em dias de chuva
Para não guardar saudade das manhãs de sol.
Morrer em dias de paz ou de guerra,
Mas defendendo minha terra
Com a caneta ou com o fuzil.
Então, descansar meus olhos
Sob as raízes da palmeira do açaí,
À beira de um rio,
Na terra onde nasci.
Depois tornar a nascer
Novamente latino-americano.
Marcos Alderico
1994
A força que gritas assim é maior que qualquer dia de trovoadas!
ResponderExcluirComo fazes essas misturas? Como transforma tuas palavras em versos de poesia encantada?