sábado, 18 de junho de 2011

Cresci...


Os dias escorrem por entre nuvens,
Algodões que limpam as chagas ainda em sulcos,
Que o tempo escavou profundamente na minha carne
Até atingir a alma das minhas desilusões.
Quanta saudade da época em que os sonhos
Ainda eram brotos de realidade!
Um berçário de fantasias novinhas,
Tão minhas...
Embaladas a ninar por sonatas e cantigas
Antigas canções do mar.
De babá tinha os segundos,
Primos da velocidade da infância,
Do pega-pega, do pula-corda,
Do roda-pião, girando adormecido,
No sentido horário, até perder-se em cambaleios...
E foi assim,
Até o dia em que cresci...









Marcos Alderico
18.05.2011
9:23h

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