Voltar...
Foram tantas as vezes que quis.
Recomeçar...
Recomeçar...
Tantas foram as vezes que tentei.
Reconstruir...
Reconstruir...
Parecia impossível, visto lá de baixo.
Debaixo dos escombros do que antes fora sólido, tudo era ruína.
Estava tudo escuro e feio.
Era eu o escombro.
Era a minha vida aos pedaços.
A fria brisa do tempo soprara meus cabelos e os tornara cinza,
Como cinza parecia tudo o que me cercava.
Sentia um gosto vazio de orvalhos mal dormidos.
Como um menino mal comportado tentava esconder-me
Da negra dama a engolir-me com seus grandes e negros olhos
Enfeitados de estrelas.
O medo era o castigo.
E o que me faria feliz?
Com um suave sabor de ternura, beijar uma boca amada.
Queria sentir o sol,
Poder revê-lo,
Reencontrar as flores, os velhos amigos
E a poesia, a tanto tempo em mim adormecida.
Queria reencontrá-la e nunca mais deixá-la sair da minha vida.
Por isso enfrentei o terrível medo de voltar
E voltei...
Debaixo dos escombros do que antes fora sólido, tudo era ruína.
Estava tudo escuro e feio.
Era eu o escombro.
Era a minha vida aos pedaços.
A fria brisa do tempo soprara meus cabelos e os tornara cinza,
Como cinza parecia tudo o que me cercava.
Sentia um gosto vazio de orvalhos mal dormidos.
Como um menino mal comportado tentava esconder-me
Da negra dama a engolir-me com seus grandes e negros olhos
Enfeitados de estrelas.
O medo era o castigo.
E o que me faria feliz?
Com um suave sabor de ternura, beijar uma boca amada.
Queria sentir o sol,
Poder revê-lo,
Reencontrar as flores, os velhos amigos
E a poesia, a tanto tempo em mim adormecida.
Queria reencontrá-la e nunca mais deixá-la sair da minha vida.
Por isso enfrentei o terrível medo de voltar
E voltei...
NOTA: Embora esta poesia tenha sido composta em 2002, creio que ela reflita o sentimento de todos quanto às tragédias ocorridas no final de 2009. Aos brasileiros que sofreram com tamanha fúria natural, força e coragem na reconstrução de suas vidas. Se este blog, de alguma maneira puder ajudar, está à disposição.
Marcos Alderico
01/11/2002
Transpor o tempo e o espaço
ResponderExcluirMorrer em um abraço
É viver, é preciso
Sentimento de vida existente
Em ti, menino carente
De amor, de esperança
És assim, feito criança
Que no colo eu ponho a ninar
Voltar é preciso sempre
Em todas as vidas
Na mente
Como a esperança que se renova
A cada dia.
Eu amo demais os teus poemas, em especial esse que me identifico tanto, e acredito que muitos que a leêm. Tua forma de poetar é única, não falo isso para te agradar, ela toca o coração.
Parabéns te falo todo dia vc sabe, mas a essa poesia eu falo: MAGNIFICA
Te amo mais que ontem querido.
Bjs
É sem dúvida uma bela poesia, e mesmo escrita em 2.002 é tão atual, e isso assusta, porque do jeito que está o mundo, ela será assim, atual para sempre...Sempre em meio aos nossos medos.
ResponderExcluirUm terno e triste recordar de um passado que pelo menos tentamos esquecer.
ResponderExcluirQue o cinza se torne hoje azul
com um bji
Olá Marcos!
ResponderExcluirBela poesia, evidenciando uma alma
transparente de sentimentos.
Doando belas palavras arquitetadas
para o auxílio à muitos que se enquadram
nesse exato momento, ou em momentos passados
com suas palavras.
...E a Natureza nos mostra sua beleza e sua força!
Um abraço!